Mário Alex Rosa (São João del Rei-MG, 14/01/1966). Formado em História, mestre e doutorando em Literatura Brasileira na USP. É professor de Literatura Brasileira no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tem poemas publicados nas revistas Dimensão, Inimigo Rumor, Cacto, Teresa e no Suplemento Literário de Minas Gerais. Participa da antologia O achamento de Portugal (Org. Wilmar Silva. Belo Horizonte: Anomelivros/Fundação Camões, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos.
cordel digital
adalberto müller
Saturday, January 26, 2008
Mário Alex Rosa (São João del Rei-MG, 14/01/1966). Formado em História, mestre e doutorando em Literatura Brasileira na USP. É professor de Literatura Brasileira no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Tem poemas publicados nas revistas Dimensão, Inimigo Rumor, Cacto, Teresa e no Suplemento Literário de Minas Gerais. Participa da antologia O achamento de Portugal (Org. Wilmar Silva. Belo Horizonte: Anomelivros/Fundação Camões, 2005), que reúne 40 poetas mineiros e portugueses contemporâneos.
Wednesday, January 16, 2008
MIZOGUCHI, O MESTRE
Monday, January 14, 2008
ANTIDEPRESSIVO
O livro Tarde, de Paulo Henriques Britto, é um primor. Paulo Henriques prova que a poesia é não só possível hoje, mas necessária. E não apenas para os poetas. O poema abaixo (inspirado num célebre poema de João Cabral sobre a aspirina), é um exemplo do estilo cortante e revelador de Paulo Henriques Britto.
PARA UM MONUMENTO AO ANTIDEPRESSIVO
Um pequeno sol de bolso
que não propriamente ilumina
mas durante seu percurso
dissipa a neblina
que impede o outro sol, importátil,
de revelar sem distorção
dura, doída, suportável,
a humana condição.
(Paulo Henriques Britto, Tarde, Cia das Letras, 2007)
Sunday, January 13, 2008
SOBRE O QUE NÃO FALAR
UM CANTO DE
Silêncios-
a noite desliza lenta
escondendo estrelas –
uma guitarra
sem cordas corta
o ar com seu gume
de espelhos quebrados.
No ventre obeso
do mar sem lume,
ensaio um canto –
não o podes escutar,
submersa no sono
da distância, que tece intrincados
desvelos.
Esse canto te procura, tat-
eante como um cego –
um canto át-
ono,
quase um sussurro (cheio
de silêncios.)
Adalberto Müller. Enquanto velo teu sono. 7Letras, 2003.