Sunday, July 22, 2007

E.E.CUMMINGS na Folha de S. Paulo

Folha de S. Paulo
São Paulo, domingo, 22 de julho de 2007
Os Dez +
Uma seleção livros e eventos culturais indicados pelo caderno+

+Poesia
O Tigre de Veludo
Antologia de poemas do norte-americano e.e. cummings (1894-1942) que privilegia textos líricos e de pendor bucólico, além de trazer algumas peças satíricas. Seleção e tradução de Adalberto Müller, Mario Domingues e Mauricio Cardozo. Ed. UnB (tel. 0/xx/61/ 3035-4281). 118 págs., R$ 17. Edição bilíngüe.

Saturday, July 07, 2007

SIEGFRIED J. SCHMIDT NA SKULPTUR


Dento do programa da Skulptur Projekte Münster 2007, o ciclo de leituras Blumenberg (em homenagem ao ex-professor da Uni-Münster, o filósoso Hans Blumenberg) procura discutir questões ligadas à arte, à escultura e, sobretudo, ao conceito de espaço. Um dos convidados é o meu orientador, Siegfried J. Schmidt, professor emérito da Uni-Münster e um dos mais respeitados teóricos da comunicação e da mídia na Alemanha. Abaixo, o resumo de sua palestra, que vai ocorrer dia 21, no Metropolis, aqui em Münster.

THE DISAPPEARENCE OF THE PUBLIC SPHERE IN THE MEDIA
(Ein Verschwinden der Öffentlichlkeit in den Medien)

Public sphere, in the guise of public opinion, had functioned since the eighteenth century to orient the individual thematically in bourgeois society and also as as instrument for the political control, since the printe media could be used to transform the mass of individuals into fictious unity of “the public sphere”. With the specialisation of the media in today’s media system, however, each medium has conquered its respective target audience – and the sum of these audiences can no longer be regarded as one “public”.
Today, thanks to the de-spatialisation of space and the de-temporalisation of time through electonic media, the public sphere is no longer a space, but what one coul call “fractal media content”. In light of this, insistance is just as difficult as resistance. However, at the same time, the media are the place where we can observe the public sphere illuminate briefly and disappear – and public art is no exception.

Siegfried J. Schmidt. Skulptur Projekte Münster 2007 (Programm)

Silke Wagner. Münster Geschichte von unten (2007, Münster)
Photo: Manu Müller


Tuesday, July 03, 2007

Annette von Droste-Hühlshoff

(Ian Hamilton Finlay - Rememberance for Annette)



Annette von Droste-Hühlshoff (1797-1848) foi uma das grandes vozes do Romantismo alemão. De antiga família nobre da Westfália, Annette nasceu em Münster, e qui viveu sua curta vida, cantando a natureza, o amor e a morte. Quando o poeta escocês Ian Hamilton Finlay foi convidado para a Skulptur Projekte Münster, em 1987, sabia da terna paixão dos moradores desta cidade por Annette. Seu trabalho ficava originalmente ao lado da tumba dela, mas, depois deroubado, teve que ser afixado no tronco de uma árvore do belo cemitério Überwasser, onde estão os antepassados de Annette.

O poema-escultura de Finlay retira dois versos de um poema de Annette, que termina com a estrofe

Meine lieder werden leben,/wenn ich längst entschwand:/mancher wird vor ihnen beben,der gleich mir empfand./Ob ein andrer sie gegeben,/oder meine hand:/sieh, die lieder durften leben,/aber ich entschwand!

Os meus versos sobreviverão / enquanto eu desapareço: / muitos estremecerão/ ao ler o que agora teço./ Quiçá outro foi tecelão, /mas de tudo já me esqueço:/ os versos, esses viverão / enquanto eu desapareço.

Trad. Adalberto Müller