Friday, September 05, 2008

CELAN HOELDERLIN


uma nova versão de uma tradução do poema "Tübingen, Jaenner", de Paul Celan, que apareceu na revista OROBORO 5:


TÜBINGEN, JANEIRO

Olhos per-
suadidos à cegueira.
A sua – "um
enigma é o puro
brotar"[1] – a sua
recordação de flutu-
antes torres de Hölderlin, gai-
voltas ao redor.

Visitas de carpinteiros afogados
Com estas
palavras submergindo:


Se viesse,
viesse um homem,
viesse um homem ao mundo, com
a barbaluz dos
Patriarcas: só diria,
se falasse deste
tempo, só
balbucio, balbucio,
tal tal.

("Pallaksch. Pallaksch.")



[1] Versos de Hölderlin.

É preciso lembrar que o dono da casa em que Hoelderlin alugava um quarto - numa torre (ver foto) era carpinteiro. Pallaksch era uma palavra empregada freqüentemente por Hoelderlin na fase da loucura, de significado incerto (ora significava "sim", ora "não").
Tradução: Adalberto Müller

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